Vereadoras de Curitiba pedem que Eder Borges seja investigado

Vereadoras de Curitiba pedem que Eder Borges seja investigado

Quatro vereadoras pedem investigação sobre Eder Borges na Câmara de Curitiba

Tempo estimado de leitura: 7 minutos

  • Quatro vereadoras solicitaram investigação sobre o mandato de Eder Borges (PL), envolvendo nepotismo e uso de cargos comissionados.
  • Denúncias partem de uma reportagem do The Intercept Brasil publicada em 30 de abril, acusando práticas irregulares.
  • Vereadoras afirmam que as denúncias são graves e pedem apuração pelos órgãos competentes, reforçando a importância da ética no Legislativo.
  • Parlamentar Eder Borges se defende alegando ser vítima de fake news e afirma que seu jurídico já atua contra as acusações.
  • Possíveis consequências incluem sindicância, medidas disciplinares ou até a cassação do mandato, conforme o Código de Ética da Câmara.

Índice do Conteúdo

Justiça e fiscalização na Câmara de Curitiba

Na tarde desta segunda-feira (05 de maio de 2025), quatro vereadoras de Curitiba solicitaram formalmente à Corregedoria da Câmara Municipal de Curitiba (CMC) que investigue o mandato do vereador Eder Borges (PL). A denúncia foi motivada por uma reportagem do The Intercept Brasil, publicada em 30 de abril, que acusa Eder Borges de praticar nepotismo e de beneficiar-se de um cargo comissionado no Instituto Municipal de Turismo.

Segundo a matéria, a enteada do parlamentar, Andreia Gois Maciel, que se apresentava como assessora do mandato enquanto possuía cargo no Instituto, é mãe de Victoria Maciel de Almeida, atual chefe de gabinete do vereador. As vereadoras ponderam que, se as denúncias forem confirmadas, trata-se de uma questão de extrema gravidade e que merece apuração rigorosa pelas autoridades competentes.

Representações e declarações das vereadoras

A vereadora Professora Angela (PSOL) destacou na sessão que as notícias “não podem ser ignoradas” e que a “preservação da dignidade da Casa” está em jogo com essa história. Ela afirmou:

“Se as denúncias forem confirmadas, são de extrema gravidade. Que os fatos sejam apurados pelas instâncias competentes.”

Já a segunda-vice-corregedora da CMC, Camilla Gonda (PSB), reforçou a necessidade de investigação e afirmou que as notícias “não podem ser ignoradas”.

A Mandata Preta (PT), representada pela vereadora Giorgia Prates, declarou que representará formalmente contra Eder Borges, tanto na Corregedoria quanto no Ministério Público do Paraná. Ela disse:

“Tenho a convicção que quem age com integridade não deve temer as apurações. Há indícios de possível prática de nepotismo e de mau uso de verba pública.”

A vereadora Vanda de Assis (PT) também manifestou sua preocupação, afirmando que o caso põe em dúvida a relação entre Legislativo e Executivo, dado que Andreia Gois Maciel tinha cargo na prefeitura. Ela questionou:

“Nosso papel é fiscalizar, mas será que essa Casa vai conseguir investigar? Somos autônomos para fazer isso?”

Depoimento do parlamentar Eder Borges

Eder Borges, por sua vez, se defendeu das acusações na sessão desta segunda-feira (05 de maio de 2025), afirmando que seu jurídico já atua contra as fake news veiculadas pelo The Intercept Brasil. Ele declarou:

“Já que fui provocado, venho aqui dizer, muito brevemente, que o meu jurídico já está atuando contra essas fake news desse blog de fofocas, The Intercept Brasil, totalmente frágil, nada tem a ver. Por sinal, a Victoria está aqui me filmando, e foi questionada só porque é mulher e jovem, como se minha enteada fosse.”

Ele também afirmou:

“[A esquerda] pretende, com isso, única e exclusivamente, cessar o debate. Quer bloquear as minhas falas e agora fica inventando fofoca barata. Meu jurídico está atuando e nos manifestaremos, oportunamente, nos autos. Eu não devo satisfação para esquerdista. Agora, ver esquerdista cobrando moralidade, é pra acabar, minha gente.”

Possíveis implicações das investigações

Conforme o artigo 36 do Código de Ética e Decoro Parlamentar (CEDP) da Câmara de Curitiba, ao final da sindicância, o corretor deve apresentar um relatório com conclusões e recomendações. Caso haja indícios de infração ético-disciplinar ou procedimento incompatível com o decoro, é possível que seja formalizada uma representação contra o vereador suspeito, podendo resultar em sanções como:

  • Censura pública
  • Suspensão de prerrogativas regimentais
  • Suspensão de mandato
  • Cassação do mandato

Estas punições dependem da análise final do procedimento, seguindo o que estabelece o regulamento interno da Câmara.

Para mais informações sobre o universo político, benefícios do INSS e serviços que impactam a nossa comunidade, acesse nosso portal e fique sempre bem informado.

Perguntas frequentes (FAQs)

1. O que motivou a denúncia contra Eder Borges?

A denúncia foi motivada por uma reportagem do The Intercept Brasil, que apontou possíveis práticas de nepotismo e uso irregular de cargos públicos por parte do vereador Eder Borges, envolvendo sua enteada e assessorada.

2. Quais ações as vereadoras estão tomando?

As vereadoras solicitaram formalmente à Corregedoria da Câmara uma investigação completa. Algumas, como Giorgia Prates, também pretendem representar contra Eder Borges no Ministério Público.

3. Quais podem ser as consequências de uma sindicância?

Dependendo do resultado, o vereador pode sofrer punições que vão desde censura até cassação do mandato, conforme previsto no Código de Ética da Câmara.

4. Como o vereador Eder Borges se defende?

Ele afirmou que suas ações estão sendo alvo de fake news, que já está tomando providências jurídicas e que não deve satisfação para “esquerdistas”.

Anuncie em nosso portal.
Clique no botão abaixo